PEDAGOGIA

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quinta-feira, 12 de julho de 2012

DICIONÁRIO BREVE DE PEDAGOGIA LETRA G


Gama (Sebastião da) - Foi um dos mais importantes poetas e pedagogos portugueses da primeira metade do século XX. Professor de Português na Escola Veiga Beirão, o seu ideário pedagógico seria registado em livro, no celebrado Diário de Sebastião da Gama. Adepto da educação nova, Sebastião da Gama foi um defensor do personalismo
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na educação, acentuando a importância da não directividade e da relação afectiva no acto pedagógico. Sebastião da Gama não subestimou o conhecimento e a compreensão dos conceitos, mas subordinou os conteúdos de ensino ao processo investigativo, à pesquisa, e ao inquérito feito pelos alunos sobre variados temas de escolha livre.
Gesell (Arnold) - Psicólogo americano nascido, em 1880, no Wisconsin e falecido, em 1961, em New Haven. Obteve o doutoramento em 1906, depois de se formar em Psicologia. Mais tarde, completa o curso de medicina e passa a ensinar Higiene da Criança na Universidade de Yale. As suas numerosas obras influenciaram muito o desenvolvimento das teorias maturacionistas da aprendizagem. Os modelos de ensino personalistas devem muito aos trabalhos desenvolvidos por Gesell, sobretudo aos seus livros A Criança dos 5 aos 10 Anos (Lisboa, Dom Quixote) e O Adolescente dos 10 aos 16 Anos (Lisboa, Dom Quixote).

Grácio (Rui) - Foi um dos pedagogos e ensaístas portugueses mais influente da segunda metade do século XX. Professor do Liceu Charles Lepierre, de Lisboa, durante várias décadas e membro do quadro de investigadores do Instituto Gulbenkian de Ciência, Rui Grácio deixou-nos uma numerosa e diversificada obra dispersa em inúmeras revistas e livros. No final da década de 60, Rui Grácio desenvolveu uma intensa campanha oposicionista, tendo estado ligado a vários grupos de estudo sobre a reforma educativa. Após 1974, Rui Grácio desempenharia o cargo de Secretário de Estado da Orientação Pedagógica, nos II, III e IV Governos Provisórios, no período de Julho de 1974 a Julho de 1975. Durante o período em que exerceu esse cargo, procurou desenvolver um conjunto de mudanças educativas de carácter socialista, entre as quais a introdução da área de Educação Cívica e Politécnica e a unificação ensino, desde o 1º ano de escolaridade até ao 9º ano. Foi responsável pela coordenação editorial da Colecção Biblioteca do Educador Profissional e, nessa colecção, assinaria vários volumes. Da sua obra, destaque para: Educação e Educadores (Livros Horizonte, 1968); Os Professores e a Reforma do Ensino (Livros Horizonte, 1973); Educação e Processo Democrático em Portugal (Livros Horizonte, 1981). Em colaboração, publicou várias antologias de filosofia e de educação. Entre elas, destaque para: Breve Antologia Filosófica (1954); Filosofia (1966); Família e Mundo Moderno (1967); Educação Estética e Ensino Escolar (1967).
Grupo – O termo grupo tem afinidades com uma grande diversidade de vocábulos: membro, massa, multidão, organismo e categoria social. O grupo é um conjunto de indivíduos ligados por uma situação, característica ou interesse comum. Quando se pretende conhecer a natureza de um grupo convem ter em conta vários critérios: nível de organização, a função do grupo, o processo de interacção entre os membros do grupo e a vivência do grupo. Podemos definir o grupo como uma colectividade identificável e estruturada de pessoas que desenvolvem papéis recíprocos em conformidade com as normas, interesses e valores e na prossecução de fins comuns. O grupo é constituído por várias pessoas que interagem e que se percepcionam como grupo. Um grupo que aspira à continuidade deve partilhar objectivos claros, deve ter um carácter de permanência e deve existir interdependência e colaboração entre os membros. Estar num grupo exige atitudes de aberura, responsabilidade, lealdade e verdade.
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Grupo controlo – Conjunto de sujeitos que não passam pela intervenção. O processo de constituição do grupo controlo tem de assegurar algumas condições, para que se possa comparar esse grupo com o grupo experimental.

Grupo experimental – Conjunto de sujeitos sobre os quais se faz sentir a intervenção. Na formação do grupo experimental é necessário acautelar alguns aspectos. Em primeiro lugar, a forma como os sujeitos são seleccionados para a investigação e como passam a integrar os grupos a constituir. A constituição do grupo experimental não deve colocar em causa a significância final dos resultados obtidos. A única maneira de assegurar esse aspecto é através de um método aleatório de amostragem.

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