Gama (Sebastião
da) -
Foi um dos mais importantes poetas e pedagogos portugueses da primeira metade
do século XX. Professor de Português na Escola Veiga Beirão, o seu ideário
pedagógico seria registado em livro, no celebrado Diário de Sebastião da
Gama. Adepto da educação nova, Sebastião da Gama foi um defensor do personalismo
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na
educação, acentuando a importância da não directividade e da relação afectiva
no acto pedagógico. Sebastião da Gama não subestimou o conhecimento e a
compreensão dos conceitos, mas subordinou os conteúdos de ensino ao processo
investigativo, à pesquisa, e ao inquérito feito pelos alunos sobre variados
temas de escolha livre.
Gesell (Arnold) - Psicólogo
americano nascido, em 1880, no Wisconsin e falecido, em 1961, em New Haven.
Obteve o doutoramento em 1906, depois de se formar em Psicologia. Mais tarde,
completa o curso de medicina e passa a ensinar Higiene da Criança na
Universidade de Yale. As suas numerosas obras influenciaram muito o
desenvolvimento das teorias maturacionistas da aprendizagem. Os modelos de
ensino personalistas devem muito aos trabalhos desenvolvidos por Gesell,
sobretudo aos seus livros A Criança dos 5 aos 10 Anos (Lisboa, Dom
Quixote) e O Adolescente dos 10 aos 16 Anos (Lisboa, Dom Quixote).
Grácio (Rui) - Foi um dos
pedagogos e ensaístas portugueses mais influente da segunda metade do século
XX. Professor do Liceu Charles Lepierre, de Lisboa, durante várias décadas e
membro do quadro de investigadores do Instituto Gulbenkian de Ciência, Rui
Grácio deixou-nos uma numerosa e diversificada obra dispersa em inúmeras revistas
e livros. No final da década de 60, Rui Grácio desenvolveu uma intensa campanha
oposicionista, tendo estado ligado a vários grupos de estudo sobre a reforma
educativa. Após 1974, Rui Grácio desempenharia o cargo de Secretário de Estado
da Orientação Pedagógica, nos II, III e IV Governos Provisórios, no período de
Julho de 1974 a Julho de 1975. Durante o período em que exerceu esse cargo,
procurou desenvolver um conjunto de mudanças educativas de carácter socialista,
entre as quais a introdução da área de Educação Cívica e Politécnica e a
unificação ensino, desde o 1º ano de escolaridade até ao 9º ano. Foi
responsável pela coordenação editorial da Colecção Biblioteca do Educador
Profissional e, nessa colecção, assinaria vários volumes. Da sua obra, destaque
para: Educação e Educadores (Livros Horizonte, 1968); Os Professores
e a Reforma do Ensino (Livros Horizonte, 1973); Educação e Processo
Democrático em Portugal (Livros Horizonte, 1981). Em colaboração, publicou
várias antologias de filosofia e de educação. Entre elas, destaque para: Breve
Antologia Filosófica (1954); Filosofia (1966); Família e Mundo
Moderno (1967); Educação Estética e Ensino Escolar (1967).
Grupo – O termo grupo
tem afinidades com uma grande diversidade de vocábulos: membro, massa,
multidão, organismo e categoria social. O grupo é um conjunto de indivíduos
ligados por uma situação, característica ou interesse comum. Quando se pretende
conhecer a natureza de um grupo convem ter em conta vários critérios: nível de
organização, a função do grupo, o processo de interacção entre os membros do
grupo e a vivência do grupo. Podemos definir o grupo como uma colectividade
identificável e estruturada de pessoas que desenvolvem papéis recíprocos em
conformidade com as normas, interesses e valores e na prossecução de fins
comuns. O grupo é constituído por várias pessoas que interagem e que se
percepcionam como grupo. Um grupo que aspira à continuidade deve partilhar
objectivos claros, deve ter um carácter de permanência e deve existir interdependência
e colaboração entre os membros. Estar num grupo exige atitudes de aberura,
responsabilidade, lealdade e verdade.
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Grupo
controlo –
Conjunto de sujeitos que não passam pela intervenção. O processo de
constituição do grupo controlo tem de assegurar algumas condições, para que se
possa comparar esse grupo com o grupo experimental.
Grupo
experimental –
Conjunto de sujeitos sobre os quais se faz sentir a intervenção. Na formação do
grupo experimental é necessário acautelar alguns aspectos. Em primeiro lugar, a
forma como os sujeitos são seleccionados para a investigação e como passam a
integrar os grupos a constituir. A constituição do grupo experimental não deve
colocar em causa a significância final dos resultados obtidos. A única maneira
de assegurar esse aspecto é através de um método aleatório de amostragem.
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