PEDAGOGIA

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Geane Morais.

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quinta-feira, 12 de julho de 2012

DICIONÁRIO BREVE DE PEDAGOGIA LETRA T


Taxonomia cognitiva - É uma tipologia de classificação dos processos intelectuais que intervêm no conhecimento.
Ver Bloom e Planificação.

Taxonomia psicomotora - Considera os processos que intervêm na exploração sensorio-motora do ambiente e que dizem respeito às funções motoras que contribuem para o desenvolvimento da inteligência.
Ver Bloom e Planificação.

Taxonomia sócio-afectiva - Reporta-se aos processos que intervêm ao nível das modalidades relacionais entre as pessoas e ao conjunto das atitudes e valores revelados pelos processos de interacção social. Ver Bloom.

Teoria cognitivista de Selman – Teoria que defende uma perspectiva cognitivo-desenvolvimentista da relação humana. Apoiando-se na teoria de Piaget e Kohlberg, Selman criou um modelo de tomada de perspectiva social que procura explicar o modo como a pessoa se percepciona a si própria e em relação ao outro. Para Selman, há cinco níveis de tomada de perspectiva social: o nível 0, dos 3 aos 6 anos de idade, caracterizado pelo egocentrismo; o nível 1, dos 5 aos 9 anos de idade, caracterizado pela subjectividade; o nível 2, dos 9 aos 12 anos de idade, caracterizado pela reciprocidade; o nível 3, dos 12 aos 15 anos de idade, caracterizado pela mutualidade; o nível 4, a partir dos 15 anos de idade, caracterizado pela intimidade auto-reflexiva.

Teoria cognitivo-desenvolvimentista da aprendizagem - É uma teoria que tem as suas raízes no pensamento de Jean Piaget. Os seus estudos permitiram-lhe provar que o conhecimento é construído pela criança através da interacção com o ambiente. A teoria dos estádios do desenvolvimento cognitivo constitui a base da aprendizagem construtivista. para esta teoria, o conhecimento não existe no exterior do indivíduo. Não faz sentido situar o conhecimento aqui ou acolá, porque se trata de uma construção da criança sempre que age com o ambiente. O conhecimento é o resultado da interacção das experiências externas, quer sejam físicas ou sociais, com as estruturas mentais internas. É a partir dessa interacção que surge a motivação para aprender. A criança
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aprende tanto mais quanto mais estimulante for o problema que pretende resolver. Contudo, o problema não pode ser nem demasiado fácil nem demasiado difícil, isto é, deverá ser moderadamente discrepante para que o conflito cognitivo, gerado pelo problema, possa ser compreendido pelas estruturas cognitivas da criança. As implicações educativas desta teoria são as seguintes: a educação deve estimular a formação de estruturas cognitivas; a planificação e a condução do ensino devem ter em conta cada estádio do desenvolvimento cognitivo do aluno; a educação deve privilegiar a motivação intrínseca, através da participação activa nos processo de descoberta; a educação deve proporcionar um ambiente intelectualmente estimulante que suscite a aprendizagem pela descoberta; os papéis do professor são, sobretudo, a dinamização de situações problemáticas, a animação dos grupos e a facilitação da aprendizagem.
Ver Piaget, Kohlberg e Modelo Interactivo.

Teoria comportamentalista da aprendizagem - Os nomes que mais contribuíram para a divulgação desta teoria foram Watson e Skinner. Estes autores defendem que as forças mais importantes na aprendizagem da criança são externas. Skinner é o pais da teoria do condicionamento operante e acredita que o comportamento positivamente reforçado tende a repetir-se, enquanto o comportamento ignorado ou punido tenderá a desaparecer. A teoria comportamentalista assume que toda a aprendizagem é resultado da experiência. Ensinar é transferir o conhecimento que existe no ambiente para a mente da criança, pouco a pouco, a partir do simples para o complexo. A simplificação do conhecimento e a divisão do saber em pequenas parcelas constituem duas características centrais da teoria comportamentalista. A planificação rigorosa das experiências de aprendizagem revela-se uma tarefa essencial no processo de ensino. A prontidão para aprender depende das aprendizagens anteriores. A motivação impõe-se do exterior. O papel do professor é planificar, guiar, emitir estímulos e organizar de forma directa o ensino.
Ver Behaviorismo, Skinner e Bloom.

Teoria da auto-actualização de Maslow Abraham Maslow, à semelhança de Carl Rogers, foi um dos fundadores da teoria psicológica humanista e personalista. Os valores acentuados pela teoria de Maslow são a criatividade, a estima, o amor e o altruísmo. Um homem que aspira à perfeição procura a verdade, a justiça, a bondade, a beleza, a tranquilidade e a alegria. O processo de auto-actualização do Homem exige a aceitação de si, a aceitação dos outros, o respeito pela natureza, a simplicidade, a autenticidade, o desprendimento, a privacidade, a criatividade e a transcendência. Maslow ficou conhecido pela concepção da pirâmide das necessidades básicas. Segundo Maslow, o Homem tem necessidades fisiológicas, de segurança, de estima, de amor e de actualização. A não satisfação destas necessidades é um obstáculo ao desenvolvimento pessoal e social.

Teoria da desescolarização – Criada por Ivan Ilich, um autor austríaco que se encarregou de diversas missões culturais em países da América Latina, nos anos 60, esta teoria baseia-se na defesa do descrédito das instituições sociais e, em particular, das escolas. Esse descrédito explica-se não só pela relação entre essas instituições sociais e a perpetuação da opressão e da exploração, como pelo facto de se terem tornado ineficazes face às alternativas informais, surgidas espontaneamente, a partir dos grupos da sociedade civil. A escola é vista como uma instituição particularmente nociva, autoritária e repressora, à semelhança dos quartéis, das prisões e hospitais psiquiátricos.
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Ao defender a libertação do Homem das instituições sociais que o oprimem e escravizam, Illich antevisa uma sociedade libertária, sem sujeições e sem controlos burocráticos. A escola, entendida como uma agência que prepara as novas gerações para aceitarem uma sociedade desigual, alienante e opressora, deverá ser substituída por redes informais de saber e cultura, sem diplomas, selecção ou competição. Essas redes seriam de quatro tipos: redes culturais, do tipo bibliotecas, laboratórios e museus; redes de habilidades e competências, do tipo oficinas; redes de encontros pessoais, do tipo clubes de divorciados; redes educativas, do tipo salas de estudo ou círculos de estudo. O sociólogo libertário norte-americano Everett Reimar, à semelhança de Ivan Illitch, propõe um programa de desaparecimento das escolas, com a criação, em alternativa, de redes de livre escolha, onde cada um poderia oferecer os seus serviços educativos e cada qual poderia optar pelos formadores que mais lhe interessassem, um pouco á semelhança do que acontecia com as academias nas cidades-estado da Grécia Clássica. A desescolarização da sociedade deveria ser acompanhada por um programa de educação pessoal em três pontos: diminuir drasticamente a produção e o consumo, partilhar o trabalho, os bens e as necessidades e conservar o ambiente natural. Paul Goodman, um sociólogo norte-americano anarquista, associou-se às críticas de Illich e Reimer, defendendo o fim da escolaridade obrigatória e a desinstitucionalização da sociedade. Para Goodman as escolas põem em perigo a iniciativa individual, a imaginação, a liberdade e a autoconfiança, uma vez que remetem para o insucesso uma percentagem significativa de jovens e, por outro lado, concedem diplomas e títulos profissionais sem valor social.
Ver Illich

Teoria de ensino - Conjunto de ideias e de conceitos, organizados num sistema coerente e lógico que visa explicitar o processo de ensino e aprendizagem. As teorias de ensino são representadas pelas concepções filosóficas e psicológicas que explicam os fins e os meios da educação.

Teoria marxista da educação – Partindo da ideia de que a sociedade capitalista se baseia em relações de exploração, a teoria marxista da educação encara a educação como um instrumento de submissão das classes oprimidas e uma forma de reprodução das desigualdades sociais. Louis Althusser vê a escola como um aparelho ideológico do estado. Pierre Bourdieu e Jean-Claude Passeron viram-na como uma agência de reprodução das desigualdades sociais. A sociedade burguesa, afirmam, baseia-se no conflito de classes e, por isso, a classe dominante serve-se da escola para legitimar o seu domínio e os seus privilégios. Neste sentido, a educação representa uma verdadeira violência simbólica contra as massas oprimidas. Bowles e Gintis olham para a escola como um lugar que reflecte as contradições da sociedade capitalista e consideram que a reforma da escola não passa de uma ilusão. Bowles e Gintis consideram que existe uma correspondência entre a escola e a sociedade, uma vez que a escola reproduz a estrutura da sociedade capitalista e prepara as classes oprimidas para aceitarem a situação de opressão.
Ver Althusser, Pedagogia Crítica, Pedagogia Pós-moderna e Pedagogia de Paulo Freire

Teoria funcionalista da educação – A teoria funcionalista, tal como foi definida, primeiro, por E. Durkheim e, mais tarde, T. Parsons, defende que a função desempenhada por uma instituição social depende do papel que ela joga na manutenção da coesão social. A escola é vista como uma instituição social por execelência uma vez
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que é um relevante factor de socialização e de integração social. Para além disso, a escola prepara a mão de obra para a sociedade e contribui para a selecção da população activa.
Ver Durkheim

Teoria maturacionista da aprendizagem - Quando falamos de maturacionismo, não podemos deixar de evocar o nome de Arnold Gesell que, nos anos 40 e 50, desenvolveu um trabalho notável na Universidade de Yale, de que resultou um conjunto de livros sobre a criança que se tornaram clássicos. Esta teoria explica as mudanças de comportamento pela maturação física do sistema nervoso, o qual é controlado pelos genes, através da hereditariedade. As diferenças no comportamento não são atribuídas a diferenças na experiência, mas à hereditariedade. De acordo com esta teoria, como é que a criança desenvolve as competências intelectuais, tais como falar, contar e ler? Gesell dirá que as experiências influenciam o que a criança aprende, mas o quando aprende depende basicamente da maturidade intelectual e física da criança.
Ver Gesell.

Teoria da reprodução social - Expressão que designa uma teoria sociológica, muito popular nos anos 60 e 70, que explicava as diferenças nos resultados escolares ao facto de a escola ser um aparelho ideológico do estado capitalista e, portanto, reproduzir a actual estrutura de classes. de acordo com esta teoria, a cultura escolar tende a valorizar a cultura familiar dos “herdeiros”, ou seja dos alunos oriundos das famílias mais escolarizadas, e a desvalorizar e penalizar as culturas que lhe estão mais distantes, nomeadamente as culturas não letradas.
Ver Bourdieu e Althusser.

Teoria dos códigos linguísticos de Basil Bernstein - O sociólogo britânico, Basil Bernstein, constitui uma referência básica da sociologia da educação dos anos 60 e 70 e a sua originalidade explica-se pelo facto de ter estudado e colocado em evidência o papel que o uso e o domínio da linguagem têm no desempenho escolar. Este autor relacionou o uso dos códigos linguísticos com o meio social e o tipo de família e teve em consideração a forma como se desenvolve a socialização familiar da criança. Em certas famílias, as relações interpessoais são mais directas e autoritárias, as regras não são objecto de explicitação ou negociação e o discurso é pobre. Esta socialização primária é típica das famílias mais desfavorecidas, as quais desenvolvem nas crianças um código restrito. Noutras famílias, as relações interpessoais são mais próximas e humanizadas, as regras são objecto de clarificação e consenso e o discurso é mais elaborado e rico. Esta socialização primária é típica das famílias da nova classe média e tende a desenvolver nas crianças o acesso a um código elaborado. Basil Bernstein mostrou que a cultura escolar privilegia o código elaborado e penaliza os alunos que se ficam pelo uso de um código restrito. A utilização de um código restrito gera significados particularistas, na medida em que para serem compreendidos têm que ser completados pelo conhecimento do contexto. A utilização de um código elaborado gera significados universalistas, na medida em que podem ser entendidos sem ligações ao contexto em que foram produzidos.

Teoria dos dons - Expressão que designa as teorias sociológicas que explicam os resultados escolares através de variáveis internas ao aluno, nomeadamente a sua aptidão intelectual. Esta teoria teve grande impacto na primeira metade do século XX. Atribuía as diferenças nos resultados escolares às capacidades inatas dos alunos.
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Teste - É uma prova estritamente definida nas suas condições de aplicação e no seu modo de notação, que permite situar um sujeito em relação a uma população ela própria bem definida.
Ver Avaliação.

Teste referente a critérios - São testes que são elaborados de modo a permitirem interpretar o desempenho do aluno relativamente a um conjunto bem definido de competências. Há quem prefira chamar-lhes testes de competência ou testes de proficiência.
Ver Avaliação.

Teste referente a normas - São testes que comparam resultados obtidos por aqueles que se submetem ao teste. Esta comparação pode ser dois tipos: ou compara entre si os resultados conseguidos pelos membros de um dado grupo ou compara os resultados de um determinado indivíduo ou grupo com os obtidos por um grupo-padrão, resultados esses que passam a representar as normas para aquele teste. Para os leitores interessados em aprofundar este tema sugiro a leitura do livro de Lucie Carrilho Ribeiro (1989), Avaliação da Aprendizagem, Texto Editora.
Ver Avaliação.

Thorndike (Edward Lee) - Psicólogo norte-americano nascido em 1874. Deixou uma vasta obra sobre teorias da aprendizagem. Produziu muitas investigações sobre os reflexos condicionados e formulou a teoria do efeito Thorndike que estipula a existência de uma relação entre a satisfação obtida com uma acção particular e a aprendizagem. As suas obras principais foram: Educational Psychology, Animal Intelligence, The Measurement of Intelligence e Human Nature and Social Order. Constitui uma referência fundamental na psicologia da aprendizagem.
Ver Reforço, Reflexo Condicionado, Teoria Comportamentalista e Behaviorismo.

Tipologia de Joyce Epstein - Esta tipologia agrupa as actividades de colaboração família/escola em 6 tipos: tipo 1 - ajuda da escola às famílias - as escolas proporcionam assistência às famílias para que estas consigam cumprir as suas obrigações básicas com o vestuário, alimentação e saúde; tipo 2 - comunicação escola-famílias - as escolas comunicam regularmente com as famílias acerca do progresso dos alunos e sobre o programa educativo; tipo 3 - ajuda da família à escola - envolvimento da família em actividades de voluntariado na escola; tipo 4 - envolvimento da família no processo educativo em casa - apoio na realização dos trabalhos de casa e apoio ao estudo; tipo 5 - participação na tomada de decisões e na direcção da escola - desempenho de tarefas nos órgãos da escola; tipo 6 - intercâmbio com a comunidade - partilha de responsabilidades e recursos entre a escola e as instituições comunitárias que trabalham com as crianças e os jovens.
Ver Envolvimento dos Pais, Participação dos Pais, Escolas Difíceis de Alcançar e Don Davies.

Tolerância - O Dicionário Etimológico da Língua Portuguesa de José Pedro Machado dá-nos a seguinte definição de tolerância: "Do latim tolerantia, constância a suportar, resistência; paciência". E de uma pessoa tolerante, diz-se que é alguém que suporta e
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que resiste. O verbo tolerar vem do latim tolerare, que significa levar, suportar um peso, um fardo, aguentar, sofrer, persistir, suster, manter e resistir.
O citado Dicionário dá-nos a seguinte definição de respeito: tomar em consideração e preocupar-se com. Vem do latim respectare, que significa olhar para trás e estar à espera.
Quer isto dizer que tolerar não é amar, nem tão pouco, apreciar. Tolera-se aquilo de que não se gosta, mas que se é obrigado a aceitar e, na melhor das hipóteses, a compreender, para evitar o conflito e a violência. Estamos perante um valor necessário e importante, mas muito insuficiente. Seria um valor suficiente, caso a nossa vida ética se limitasse ao cumprimento dos deveres, ao respeito pelos contratos e ao respeito pela regra de ouro, ou seja, da máxima "não faças aos outros o que não queres que te façam a ti". A tolerância é um valor estruturante do campo social da ética, ou seja do processo de ordenação e de hierarquização dos valores que norteiam o nosso relacionamento com os outros, com os grupos e com a sociedade. Não é, no entanto, um valor estruturante do campo pessoal da ética, ou seja, do processo de hierarquização dos valores que norteiam e ordenam as prioridades da nossa vida. Comparada com o respeito, a tolerância não passa de uma valor de resistência, o qual não pode deixar de ocupar uma posição subordinada ao respeito. Ou seja, embora o respeito implique um uso equilibrado, isto é sem excesso e sem defeito, da tolerância, com o respeito estamos perante um valor activo, profundamente abrangente, estruturante tanto do campo pessoal como do campo social da ética e mobilizador de uma ética máxima norteada pela finalidade culminante do amor.
A tolerância obriga a respeitar a regra de ouro: "não faças aos outros o que não queres que te façam a ti". Neste sentido, estamos perante uma ética do dever, deontológica portanto, que se limita a evitar fazer mal aos outros. Trata-se de uma polaridade meramente passiva.
Ver Locke

Trabalho independente - Método de ensino que consiste em permitir que os alunos desenvolvam um projecto, tendo em conta os objectivos definidos, sem a orientação directa do professor. Os objectivos do trabalho independente são: promover a autonomia do aluno; promover a interdisciplinaridade; melhorar o interesse do aluno pela aprendizagem.
Ver Modelo Não Directivo, Modelo Interactivo e Modelo da Escola Moderna.

Transferência da aprendizagem - Conceito que designa o processo de aplicação do conhecimento e das competências a situações novas. Na tipologia de Bloom, entende-se que os níveis aplicação, análise, síntese e avaliação encerram potencialidades de transferência da aprendizagem.

Tseu (Lao) - Pouco se sabe, ao certo, sobre esta personagem mítica que terá sido contemporâneo de Confúcio. Nascido na China há mais de 25 séculos, provavelmente em 570 a.C., Lao Tseu era conhecido pelo “velho mestre” e a sua doutrina foi considerada durante muitos séculos, por muitos dos seus seguidores, como a suprema arte de viver. Segundo algumas fontes, Lao Tseu terá morrido em 490 a.C., segundo outras fontes, terá vivido mais de cem anos. A primeira biografia conhecida que lhe foi destinada foi escrita pelo historiador chinês Sse-ma Tsien, cerca de um século antes do nascimento de Jesus Cristo. A fazer fé nessa biografia, o velho mestre foi funcionário, provavelmente bibliotecário, na Corte dos Tcheuu, no século VI a.C. O seu nome de família terá sido Li e o seu nascimento terá ocorrido em Lou-yi, Província de Henan,
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onde foi erigido um santuário em sua honra, conhecido pelo Templo de Tai Tsing Kong. Segundo o historiador chinês Sse-ma Tsien, o Livro da Via e da Virtude poderá ter sido escrito por Li Erh, um bibliotecário dos arquivos imperiais que terá usado o pseudónimo de Lao Tseu. O Livro da Via e da Virtude possui 5.250 palavras, agrupadas em 81 secções, e constitui os fundamentos de uma religião a que se deu o nome de Taoísmo. Segundo os seguidores de Lao Tseu, este terá tido um encontro com Confúcio, no qual terão trocado algumas ideias acerca da arte de viver. Confúcio terá ficado impressionado com a sabedoria do velho mestre chinês. Não há, contudo, provas históricas de que o encontro se tenha verificado, embora seja de admitir que tenham sido contemporâneos. Provavelmente, esse encontro terá sido forjado pelos seguidores de Lao Tseu. Mesmo que tenha existido, não parece provável que Confúcio pudesse mostrar admiração pelos ensinamentos de Lao Tseu, tal é a oposição entre as duas doutrinas. Na verdade, Confúcio teria visto o pensamento de Lao Tseu como uma ameaça perigosa ao cumprimento dos ritos, à estabilidade das instituições, ao respeito pelo amor filial e pelo dever. Tao te King não contém uma única referência aos conceitos básicos de Confúcio. Ao acentuar a espontaneidade e a harmonia com a natureza, o Livro da Via e da Virtude representa uma rebelião contra a obsessão de Confúcio pelo cumprimento do dever, respeito pelos ritos e manutenção da ordem. À semelhança de Confúcio, Lao Tseu deixou-nos apenas uma obra, a que deu o nome de Tao te King, ou Livro da Via e da Virtude. Provavelmente descontente com o clima de corrupção e de intrigas políticas comuns na Corte dos Tcheuu, Lao Tseu - igualmente à semelhança de Confúcio - terá deixado a sua cidade, após o que viajou pela China e, segundo os seus discípulos, pela Índia. A sua possível permanência na Índia não pode ser confirmada, nem por testemunhos nem por vestígios. Provavelmente, a sua viagem pela Índia não passou de um mito criado pelos seus seguidores e fiéis, alguns séculos depois da sua morte. Crê-se que Lao Tseu terá sido abordado por um guarda fronteiriço, durante uma das suas viagens, numa cidade fronteiriça da China, próxima do Continente Indiano. Segundo a lenda, Lao Tseu terá ditado a esse guarda fronteiriço os ensinamentos que constam do Livro da Via e da Virtude, após o que terá viajado, de seguida, para Oeste, em direcção à Índia, para nunca mais voltar à China. A partir daí, nunca mais se ouvirá falar dele. Os seus fiéis dirão, séculos mais tarde, que Lao Tseu terá partido para Ocidente com a finalidade de converter os bárbaros aos seu ensinamentos, dando fundamento àquilo que viria a ser conhecido, mais tarde, por Budismo. Alguns dos seus fiéis foram ao ponto de afirmar, sem provas, que Lao Tseu teria sido o próprio Buda. As semelhanças filosóficas entre o Budismo e o Taoismo são evidentes e, provavelmente, explicam a lenda surgida em torno do Buda que terá sido Lao Tseu. Na China, os ensinamentos de Lao Tseu tiveram muitos seguidores. No século II, Lao Tseu tornou-se um dos sábios mais queridos dos chineses, criando à sua volta uma das religiões com mais adeptos no Sudeste Asiático, o Taoísmo. No século VIII, à semelhança de Os Analectos de Confúcio, o Livro da Via e da Virtude de Lao Tseu tornou-se um dos textos canónicos da China Imperial, sendo de referência obrigatória nos exames para o alto funcionalismo público.
Tutor - Em Portugal existe a figura do director de turma que desempenha funções de tutoria. Cabe-lhe não só a orientação pedagógica dos alunos de uma turma, mas também a comunicação com os encarregados de educação. O tutor exerce uma influência importante como elemento de ligação entre os professores de uma turma e os alunos dessa turma. É suposto, também, que o tutor exerça influência na integração escolar do aluno e no seu desenvolvimento pessoal e social.
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Ver Director de Turma.

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