Behaviorismo - Corrente da
psicologia, também denominada de comportamentalismo, que considera que a
psicologia só pode estudar os comportamentos directamente observáveis. Esta
corrente foi criada a partir dos estudos de John Watson e Ivan Pavlov, no
início do século XX. A teoria do reflexo condicionado, elaborada por Pavlov,
que define o comportamento como o conjunto das reacções ou respostas exteriores
e observáveis de um organismo a um estímulo, constitui um dos elementos
principais do behaviorismo clássico. Ver Skinner.
Bem - O bem é tudo
aquilo que humaniza o homem, o torna mais livre, mais rersponsável e mais
conforme ao respeito pela Lei Moral.
Bettelheim
(Bruno) -
Nasceu em Viena, em 1903 e fixou-se nos Estados Unidos da América onde ensinou,
deu conferências e publicou diversos livros sobre psicanálise e educação. Foi o
fundador da chamada Escola Ortogenética de Chicago. A sua teoria originou
diversas críticas nos meios pediátricos por causa das suas concepções
estruturalmente psicogenéticas que atribuíam o autismo a causas puramente
psicológicas. As suas obras principais foram: Les Enfants du Rêve (Paris,
R. Laffont,
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1971);
Le Coeur Conscient (Paris, R. Laffont, 1972); La Forteresse Vide (Paris,
Gallimard, 1974); Un Lieu ou Renaître (Paris, R. Laffond, 1975).
Binet (Alfred) - Nasceu em 1857
e morreu em 1911. É considerado o pai da psicologia experimental em França. O
seu nome ficou ligado à escala métrica da inteligência, cujo primeiro esboço
desenvolveu, em 1905, com o seu colaborador Simon. O teste de Simon-Binet
destinava-se a detectar as crianças que não eram capazes de seguir uma
escolaridade regular e que deviam ser encaminhadas para as escolas especiais.
Bloom (Benjamin)
-
Psicólogo norte-americano, professor na Universidade de Chicago, que concebeu
uma importante taxonomia dos objectivos educacionais, tendo exercido uma
influência fundamental nos processos de planificação e avaliação do ensino. A
criação do modelo de ensino para a mestria foi outro dos seus importantes
contributos para as Ciências da Educação. As suas principais obras foram: Stability and Change in Human
Characteristics, Human Characteristics and School Learning e Taxonomy of
Educational Objectives.
Ver Modelo de
Ensino para a Mestria.
Bons costumes
nas escolas -
As relações entre os professores e os alunos sofreram mudanças profundas nos
últimos vinte anos. Há vinte anos, verificava-se uma situação injusta , em que
o professor tinha todos os direitos e o aluno só tinha deveres e podia ser
submetido aos mais variados vexames. Presentemente, observamos outra situação,
igualmente injusta, em que o aluno pode permitir-se, com bastante impunidade,
diversas agressões verbais, físicas e psicológicas aos professores ou aos
colegas, sem que na prática funcionem os mecanismos de arbitragem teoricamente
existentes. É fácil verificar a inexistência de códigos de conduta nas escolas
públicas. Como reacção salutar ao quadro normativo de tipo ditatorial, vigente
em Portugal no período de 1926 a 1974, nem o Ministério da Educação nem os
professores têm levado a sério a necessidade de criação de códigos de conduta
na escola. Contudo, passados 21 anos após a reintrodução do regime democrático
em Portugal, um tal receio parece-nos completamente infundado. Portugal vive
num regime de democracia madura e as situações de indisciplina nas escolas
tornaram-se de tal forma graves que colocam em risco a aprendizagem dos alunos.
O Instituto de Inovação Educacional publicou, no final de 1995, uma brochura,
da autoria de Natércio Afonso, com o título "A Imagem Pública da Escola",
na qual dá conta de uma sondagem realizada em Portugal acerca de alguns
problemas que afectam a escola actual. Com efeito, o problema número um,
identificado pela sondagem, relaciona-se com a indisciplina e a ausência de
valores na escola. Este estudo confirma os resultados a que chegaram idênticas
sondagens realizadas noutros países da Europa e nos EUA. O estado e o sistema
público de educação - pago através dos impostos de todos - não podem eximir-se
à urgentíssima tarefa da educação cívica das novas gerações. Evidentemente que
a educação cívica é muito mais do que códigos de conduta e de bons costumes.
Passa também pelo conhecimento das instituições democráticas e pela adopção dos
valores democráticos. Contudo, na ausência de uma cultura de bons costumes, é
completamente impossível qualquer esforço de educação cívica nas escolas, por
mais disciplinas ou espaços interdisciplinares que sejam criados, pela simples
razão de que o clima e a atmosfera da escola são essenciais na prossecução
dessa tarefa. As boas maneiras são um conjunto de práticas que funcionam como a
moldura normativa para o código de conduta da escola. Numa sociedade
democrática como a nossa existe um consenso grande acerca do que são as boas
maneiras. Todos nós - independentemente do grupo social ou étnico -
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concordamos
em que a vida em sociedade se torna mais fácil quando as pessoas 1) esperam
pela sua vez; 2) não interrompem quem está no uso da palavra; 3) evitam usar
palavrões em público; 4) dão os bons dias ou as boas tardes quando se cruzam
com outras pessoas ou acabam de chegar a um determinado lugar; 4) dão o lugar
às pessoas idosas, doentes ou deficientes; 5) resolvem os diferendos sem o uso
de agressões verbais ou físicas; 6) não falam mal de pessoas ausentes; 7) não
prometem aquilo que não são capazes de cumprir, etc. Um verdadeiro programa de
educação cívica nas escolas não pode prescindir de um código de conduta que
incorpore aquelas e outras boas maneiras.
Ver Modelo de
Educação de Carácter.
Boudon (Raymond)
-
Sociólogo francês, nascido em Paris, em 1934. Professor na Sorbonne e na
Universidade de Genève, Boudon é membro do Institut de France, da American
Academy of Arts and Sciences e da Academia de Ciências de S. Petersburg.
Principais obras: L`Inégalité des Chances (Paris, Hachette, 1985), Effects
Pervers et Ordre Social (Paris, PUF, 1989), La Logique du Social (Paris,
Hachette, 1983), Dictionnaire Critique de la Sociologie (Paris, PUF,
1990), La Place du Désordre (Paris, PUF, 1990). Raymon Boudon é um dos
expoentes da teoria sociológica intitulada de individualismo sociológico.
Bourdieu
(Pierre) -
Sociólogo francês , nascido em 1930, professor na Escola de Altos Estudos de
Paris, que desenvolveu, durante os anos 60 e 70, a teoria da reprodução social,
mostrando a existência de uma relação entre classe social e carreira escolar e
acentuando o peso da herança cultural nos processos de selecção escolar. É
autor de uma vasta obra, com destaque para Les Héritiers, les Étudiants et
la Culture (em colaboração com J-C. Passeron), Ed. Minuit, 1964 e L`Amour
de l`Art, les Musées et leur Public (em colaboração com A. Dardel e D.
Schanpper), Ed. Minuit, 1966. A questão essencial na teoria da reprodução
social é a relação entre o sistema de ensino e o sistema social. Pierre
Bourdieu considera que a origem social marca a carreira escolar e a carreira
profissional das pessoas. Contudo, para além da classe social há que contar com
a influência da herança cultural. Com efeito, há alunos que possuem um elevado
“capital cultural”, os chamados “herdeiros”, que lhes traz enormes vantagens
durante a sua carreira escolar. A escola tende a valorizar os alunos que dão
mostras de possuir o “capital cultural” necessário para vencer. O ensino produz
uma “linguagem escolar” que está próxima do “capital cultural” dos “herdeiros”
Assim sendo, para os alunos privados do “capital cultural”, a aprendizagem da
cultura escolar é uma conquista difícil, enquanto que para os “herdeiros” é uma
empresa mais fácil, uma vez que há proximidade entre o que aprendem em casa e
aquilo que a escola valoriza.
Bruner (Jerome) - Psicólogo
norte-americano, nascido em 1915, que exerceu uma enorme influência no
desenvolvimento dos modelos construtivistas e cognitivistas da aprendizagem. Os
seus estudos, influenciados pela teoria cognitivista, trouxeram contributos
importantes para o conhecimento dos processos de aprendizagem por descoberta e
para a reforma curricular, realizada, nos anos 60, nos EUA. Principais obras: Possible Minds, Possible Words;
Acts of Meaning; Studies in Cognitive Growth; Beyond the
Information Given.
Ver Modelo
Interactivo.
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