PEDAGOGIA

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Geane Morais.

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quinta-feira, 12 de julho de 2012

DICIONÁRIO BREVE DE PEDAGOGIA LETRA F


Faria de Vasconcelos (António de Sena) - Nasceu em Castelo Branco em 1880 e faleceu em Lisboa em 1939. Introdutor em Portugal da psicologia científica aplicada à pedagogia e um grande divulgador das ideias pedagógicas de Claparède. Entusiasta da escola nova, Faria de Vasconcelos criou o Instituto de Orientação Profissional e deixou-nos vários livros e artigos reunidos nas Obras Completas, editadas pela Fundação Calouste Gulbenkian.

Fatalismo social - Expressão que designa as teorias da sociologia da educação que tendem a confirmar a impotência da escola face às desigualdades sociais. O estudo que maior projecção teve, nos anos 60, sobre as relações entre a origem social dos alunos e os resultados escolares, foi o relatório elaborado por James Coleman, o qual chegou à conclusão que as variáveis externas à escola, nomeadamente a origem familiar, são preponderantes na explicitação do sucesso escolar. Ver Bourdieu e Althusser.

Feedback - Informação dada pelo professor ao aluno sobre o seu desempenho. Quando a informação se refere ao reconhecimento pelo professor de um desempenho correcto do aluno, costuma dar-se o nome de feedback positivo.

Ferreira (António Aurélio da Costa) - Nasceu em 1879. Médico e pedagogo, fundou o primeiro Instituto Médico-Pedagógico para o Ensino dos Anormais, em Lisboa, no ano de 1914 e o Instituto de Reeducação de Mutilados de Guerra, para soldados portugueses regressados da Primeira Guerra Mundial. Morreu em 1922. Principais obras: A Educação Moral e Religiosa nos Colégios dos Jesuítas (1910); Sobre a Psicologia Estética e a Pedagogia do Gesto (1916); Problemas de Reeducação Profissional (1919); Antropologia Pedagógica (1921).

Fiabilidade de um teste - Diz respeito à consistência com que avalia o que quer que o teste se destina a avaliar. A fiabilidade é o grau de concordância entre resultados de um mesmo teste, que seriam iguais se não houvesse erro de medição. Há vários erros de medição. As três grandes fontes de erro são: a selecção dos itens específicos para integrar no teste, a ocasião em que o teste é aplicado e o examinador que atribui a classificação.
Ver Avaliação.

Freinet (Célestin) - Professor primário e pedagogo francês que dedicou grande parte da sua vida ao ensino de crianças de meios populares e à difusão do movimento pedagógico inspirado nas suas ideias e práticas. Nasceu em 1897 e viveu toda a sua vida em França. Freinet foi um marxista não ortodoxo, interessado na criação de uma escola proletária que fizesse da cultura popular um antídoto para o que considerava ser a alienação burguesa. Entre as técnicas pedagógicas que o tornaram conhecido em toda a
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Europa figuram a correspondência escolar, a imprensa escolar e o texto livre. As suas principais obras são: Educação pelo Trabalho, Os Ditos de Mateus e A Escola Moderna Francesa. Morreu em 1966.
Ver Modelo da Escola Moderna.

Freud (Anna) - Filha mais nova de Sigmund Freud, dedicou toda a sua vida à psicanálise e educação. Nasceu em 1895 e deu os primeiros passos no estudo da psicanálise com o seu pais. Em 1922, torna-se membro da Sociedade Internacional de Psicanálise. Face à ameaça nazi, em 1938, fugiu com o pai para Londres. Escreveu numerosos trabalhos sobre a aplicação directa da teoria psicanalítica à educação da criança. Obras principais: Le Moi et les Mécanismes de Défense (Paris, PUF, 1949); Le Traitement Psychanalytique des Enfants (Paris, PUF, 1951); Le Normal et le Pathologique Chez L`Enfant (Paris, Gallimard, 1968).

Freud (Sigmund) - Nasceu em Friburg, na Morávia, em 1856 e morreu em Londres, em 1939, pouco depois de fugir à ameaça nazi. Oriundo de uma família judia, viveu a sua infância em Viena. Estudou medicina e seguiu a carreira de médico, tendo-se doutorado em 1881, com uma especialização em neurologia. Em 1985, segue para Paris, onde faz os seus estudos na companhia de Charcot. Começa a fazer estudos sobre a histeria e a hipnose. O livro A Interpretação dos Sonhos sai à estampa, em 1889. O movimento psicanalítico começa a ganhar forma e Sigmund Freud rapidamente se torna o seu maior nome. Escreveu uma numerosa obra, com destaque para: La Science des Rêves (Paris, PUF, 1899); Trois Essais sur la Théorie de la Sexualité (Paris, Gallimard, 1901); Psychopatologie de la Vie Quotidienne (Paris, Payot, 1905); Totem et Tabou (Paris, Payot, 1912); Introduction à la Psychanalyse (Paris, Payot, 1917). O pensamento de Freud exerceu uma enorma influência na educação do século XX, sobretudo na forma como a componente afectiva do desenvolvimento da criança e do adolescente começou a ser encarada e valorizada.

Fromm (Eric) - Erich Fromm nasceu em 1900 em Frankfurt am Main, na Alemanha. Estudou nas Universidades de Heidelberg e Munique e, ainda, no Instituto de Psicanálise de Berlim. A sua obra foi uma incessante procura de aplicação da teoria psicanalítica ao estudo dos problemas culturais e sociais. Com a subida ao poder dos nazis, em 1934, emigra para os EUA, onde se dedica ao ensino, ao exercício da psicanálise e à escrita de numerosos livros que se tornaram importantes “best-sellers”, nos anos 60 e 70. De acordo com a teoria de Erich Fromm, cada tipo de personalidade está relacionado com um padrão sócio-económico específico. Fromm foi um importante crítico das teorias comportamentalistas e acusou a sociedade de consumo de alienar os cidadãos, desviando as suas energias para a satisfação de necessidades artificiais, em prejuízo da procura de uma felicidade genuína e autêntica, baseada no prazer, no afecto e no tempo livre. Erich Fromm deixou uma obra importante, no domínio da psicanálise e da educação. As suas obras, em particular The Fear of Freedom (1947), The Art of Loving (1956), The Sane Society (1955), Beyond the Chains of Illusion (1962) e The Heart of Man (1964), conheceram abundantes traduções e foram lidas por sucessivas gerações de jovens, nos anos 50, 60 e 70, que procuraram nelas a justificação para a recusa da escola autoritária e do poder repressivo da família e dos tabus sexuais. Para além destas obras, Erich Fromm deixou-nos, ainda, Man for Himself (1947), Sigmund Freud`s Mission (1956), The Forgotten Language (1951) e The Anatomy of Human Destructiveness (1973). Erich Fromm morreu em 1980.
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Função reprodutora da escola - Conceito desenvolvido poelo sociólogo Pierre Bourdieu, cujos mecanismos fundamentais podem ser resumidos nestas palavras: para que sejam favorecidos os mais favorecidos e desfavorecidos os mais desfavorecidos, é necessário e suficiente que a escola ignore, no conteúdo do ensino transmitido, nos métodos e nas técnicas de transmissão e nos critérios de avaliação, as desigualdades culturais entre as crianças das diferentes classes sociais. Por outras palavras, ao tratar todos os alunos, por muito desiguais que sejam de facto, como iguais em direitos e deveres, o sistema escolar é levado a sancionar, de facto, as desigualdades iniciais face à cultura.
Ver Bourdieu.

Funções do professor - Podemos agrupar as funções do professor em duas categorias: as funções tradicionais e as novas funções. As funções tradicionais podem ser de três tipos: distribuir informações, transmitir conhecimentos e valores e classificar. Estas três funções continuam a ser necessárias na escola actual, embora tenham perdido algum peso nos últimos anos, com a crescente diversidade cultural e social dos públicos escolares. As novas funções do professor podem resumir-se a quatro: avaliar, animar, investigar e moderar. O professor avalia para poder melhorar os seus processos de ensino e para adequar as estratégias às necessidades dos alunos. Contudo, a avaliação, nesta nova perspectiva, não se destina a seleccionar. O professor investiga para poder reflectir sobre as suas práticas pedagógicas e para poder participar nos processos de decisão curricular. O professor anima a classe quando coordena as actividades diversas dos seus alunos. O professor modera quando coordena os seminários de discussão. As funções tradicionais do professor podem ser lidas à luz das novas técnicas pedagógicas, sofrendo, nesse caso, profundas alterações. O professor inovador continua a passar grande parte dos seus tempos lectivos a distribuir informações. Contudo, é possível indicar as seguintes diferenças em relação à versão tradicional desta função: o professor não distribui apenas informações colectivas, mas também informações adaptadas a cada aluno; o docente é apenas uma das fontes de informação, a par de outras, como a “internet”, os livros e a televisão; o professor recorre não só à aprendizagem por recepção, mas também à aprendizagem por descoberta; o professor faz chegar aos alunos uma diversidade de recursos materiais que lhes permitem ser eles próprios a construirem os seus instrumentos de trabalho e a produzirem e seleccionarem a informação. Hoje em dia, fala-se menos em classificar do que em avaliar. A classificação é apenas um dos aspectos que pode assumir a avaliação. Ao nível do ensino básico, a classificação deixou de ser encarada como um processo de selecção. A grande mudança reside, fundamentalmente, no privilegiar dos aspectos pedagógicos da avaliação e na introdução de novas técnicas de avaliação. No primeiro caso, põe-se em destaque a avaliação contínua que incide também sobre os processos e não apenas sobre o prduto final e em todas as sequências da aprendizagem e não apenas em momentos pontuais. No segundo caso, procura-se que a avaliação sirva para detectar erros e dificuldades de aprendizagem e para fornecer dados ao professor e aos alunos que permitam a introdução de estratégias correctivas e de apoio.
Ver Avaliação do Desempenho.

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