PEDAGOGIA

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quinta-feira, 12 de julho de 2012

DICIONÁRIO BREVE DE PEDAGOGIA LETRA J


João Bosco – Pedagogo italiano, nascido em Becchi, em 16 de Agosto de 1815, oriundo de uma família de camponeses humildes. Aos dois anos de idade ficou órfão de pai, o que o obrigou a uma infância e adolescência carregadas de dificuldades. Aos 26 anos de idade, foi ordenado padre, logo após ter terminado os estudos eclesiásticos. Exerceu o sacerdócio em Turim, onde se dedicará à assistência e educação dos rapazes pobres da cidade. Os primeiros centros criados por João Bosco foram os “oratórios festivos”, que funcionavam como locais de encontro para rapazes sem abrigo. A partir desses centros, Dom Bosco criou a “Obra dos Oratórios” que funcionava como internato para rapazes sem família e onde lhes eram ensinadas as primeiras letras e lhes era proporcionada a aprendizagem de um ofício. Em 18 de Dezembro de 1859, Dom Bosco consegue ver reconhecida a “Congregação Salesiana” e, em 5 de Agosto de 1872, assiste à fundação do Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora, especialmente dedicado à protecção e educação de raparigas carentes dos devidos apoios familiares. Em 1875, Dom Bosco obteve autorização para expandir a “Congregação Salesiana” na América do Sul, dando-se início à difusão mundial da sua obra pedagógica. Dom Bosco morreu em 1888, com a idade de 73 anos.
A pedagogia de Dom Bosco opunha o sistema preventivo ao sistema repressivo, tão em voga na sua época, mostrando uma clara preferência pelo primeiro. Afecto, liderança espiritual e comprometimento constituem o cerne da pedagogia de João Bosco. Face aos erros e à indisciplina dos alunos, Dom Bosco exigia dos professores bondade, persuasão e afecto. Razão, religião e amabilidade constituem a trilogia que explica a permanência do legado do pedagogo cristão italiano. Humanismo cristão, personalismo e respeito pela individualidade da pessoa, apreço pelo trabalho e gosto pela comunhão dos valores cristãos tais são, ainda hoje, os princípios orientadores dos colégios inspirados na pedagogia de João Bosco. Alegria, familiaridade e assistência formam, igualmente, outra trilogia presente nos meios educativos utilizados. Dom Bosco considerava que a educação era coisa do coração e, por isso, a linguagem do coração devia ter preferência face à linguagem do intelecto.

Juízo moral - Designa todas as formulações emitidas por um sujeito com carácter de obrigação. O juízo moral costuma surgir associado às afirmações sobre questões de natureza do dever ser. Kohlberg concebeu uma teoria dos estádios do desenvolvimento moral com base na complexidade e adequação dos juízos morais emitidos pelos sujeitos quando confrontados perante dilemas morais.
Ver Kohlberg.

Jung (Carl Gustav) - Nasceu em 1875, na Suiça e morreu em 1961. Fez o curso de medicina e pós-graduações em psiquiatria. Encontrou-se com Freud em 1906, mas desenvolveu uma concepção diferente de psicanálise. Jung opunha-se à explicação sexual das neuroses. Muito interessado pelo estudo das religiões - Jung era filho de um pastor protestante - procurou conciliar a psicanálise com a mitologia, o cultismo e as filosofias orientais. Trabalhou em Zurique durante muitos anos, tendo aí fundado um instituto psicanalítico com o seu nome. Principais obras: Problèmes de l`Âme Moderne (Paris, Buchet-Chastel, 1961); Psychologie de l`Èducation (Paris, Buchet-Chastel, 1963); Types Psychologiques (Genève, Librairie de L`Université, 1950); Psychologie de l`Inconscient (Paris, Buchet-Chastel, 1963); Ma Vie (Paris, Gallimard, 1966).
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