Naturalismo
pedagógico –
Concepção pedagógica que submete a educação a aspectos puramente biológicos e
físicos, negando, portanto, a influência determinante do espírito e da razão no
desenvolvimento humano. O naturalismo pedagógico romântico, desenvolvido por
Rousseau e acarinhado pela escola nova, evidencia uma visão demasiado optimista
da natureza humana, considerada sempre boa, por oposição à sociedade e à
cultura que exercem um papel corruptor sobre a criança. Esta concepção
pedagógica tende a desconfiar de toda a intervenção educativa planeada e
sistematizada, optando, pelo contrário, por uma “educação negativa”, segundo a
qual o melhor é não educar, permitindo que as inclinações naturais da criança
se desenvolvam com inteira liberdade. Nega-se o protagonismo do professor, para
afirmar o protagonismo da natureza, expressa nas necessidades espontâneas da
criança. Opõe-se a instrução intelectual, considerada um malefício, às
actividades práticas e à aprendizagem livre.
Natureza humana - Conceito que
expressa a ideia universal do homem. Compreende o denominador comum de uma
ideia do homem em geral.
Neill (Alexander) - Pedagogo
britânico que fundou e dirigiu durante várias décadas o Colégio de Summerhill,
onde teve oportunidade de concretizar uma pedagogia libertária e não-directiva,
tendo a partir dessa experiência escrito numerosas obras pedagógicas. Os seus
livros mais conhecidos são: Diário de um Mestre-Escola, Liberdade Sem
Medo e Liberdade na Escola.
Ver Modelo
Libertário.
Normas – São regras
formais ou informais que regem o comportamento dos actores num determinado
sistema ou organização. Ao contrário das atitudes, que são de índole
psicológica e são subjectivas, as normas são de índole sociológica e cultural e
são, portanto, objectivas. As normas são princípios de acção que se colocam ao
sujeito a partir de fora e que visam enquadrar e exercer coacção sobre a sua conduta.
As normas são tão necessárias à pessoa como as linhas do caminho de ferro são
para o comboio. Na ausência de normas, aumenta a insegurança. Enquanto os
valores expressam os fins da conduta, as normas expressam os modos da conduta.
A educação deve ajudar a pessoa a ser capaz de respeitar as normas, porque a
ausência de normas não é sinónimo de liberdade, mas não à regionalização! de
insegurança. Contudo, a educação deve, também, revelar ao aluno que as normas
são inspiradas pelos valores e que, portanto, as normas só são correctas quando
se inspiram em valores positivos.
Novak (Joseph) - Professor no
Departamento de Educação do New York College of Agriculture and Life Sciences,
Joseph Novak desenvolveu a teoria dos mapas conceptuais para a aprendizagem
significativa e desenvolveu um conjunto de estratégias para a aprendizagem das
ciências que, embora influenciadas pela abordagem cognitivsta, se afastam da
teoria de Jean Piaget, procurando apresentar-se como modos de ensinar
alternativos. Principais obras: Aprender a Aprender (Platano,
1996); A Theory of Education (Cornell University Press, 1977).
Ver Mapas
Conceptuais.
Núcleos básicos
de aprendizagem -
Termo que designa o conjunto de conhecimentos e competências considerados
básicos numa determinada disciplina ou área curricular. Também se lhes pode dar
o nome de aprendizagens essenciais. A defesa de um currículo centrada nas
aprendizagens nucleares iniciou-se na década de 80, com o
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chamado
“back to basics movement”, um movimento pedagógico que procura reduzir a
dispersão curricular, recolocando o currículo em torno dos fundamentos
culturais, científicos, tecnológicos e artísticos. A ideia de que vale mais
aprender em profundidade do que em extensão faz parte das características desse
mo«movimento pedagógico. Em Portugal, na década de 90, começaram a surgir
críticas à excessiva carga curricular dos alunos, manifesta num número
excessivo de disciplinas, algumas delas irrelevantes no âmbito do ensino básico
ou secundário.
Ver Currículo e
Currículo Nacional.
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